sábado, 15 de agosto de 2015

#374

o dia pode ser doce, cru ou meigo a todos os instantes, que eu sinto a tua falta.
podem belezas com ar natural esventrar janelas de sua casa,
empoleirando-se com ar lisboeta e decidido,
com a ponta de nostalgia espalhada pela cara
e nunca nada parecer tão atraente como sentir a tua falta.

podem anunciar nascimentos nos jornais,
e condensar todos os escorregas e baloiços do universo num só parque,
nem a adolescência escudada dos meus sonhos fez tanta falta.

faz falta que respires na minha presença,
que mereça endeusar-me em ti,
que dos teus lábios se rasgue um piano
e que eu esteja lá para ver.

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